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Sempi leva Projeto Fios da Ancestralidade para comunidade quilombola em São João do Piauí – pi.gov

A Secretaria das Mulheres do Piauí (Sempi) realizou, no final de semana, a sensibilização para o Projeto Fios da Ancestralidade na comunidade quilombola Malhada, em São João do Piauí. A iniciativa visa oferecer capacitações em Teresina e mais 6 municípios do Piauí, na área de embelezamento, incluindo cursos de Cabeleireira Afro – Terapia Capilar, Trancista, Turbante Afro e Workshop de Maquiagem Afro.

O projeto é realizado em parceria com o Instituto Ayabás, com o objetivo de impulsionar o empreendedorismo feminino no Piauí, valorizando a cultura negra como instrumento de autonomia e de promoção da transformação social.

“Nós reforçamos a importância do Projeto Fios da Ancestralidade como uma ferramenta de valorização da identidade e da cultura afro-brasileira e africana, com foco na autonomia financeira das mulheres quilombolas. As oficinas de tranças, turbantes e terapias capilares resgatam elementos culturais que fortalecem essa identidade, mas também abrem caminhos reais de geração de renda”, destaca a coordenadora das Mulheres Negras, Indígenas e Rurais da Sempi, Érica Aguiar.

Foto: Ascom Sempi

Na etapa de sensibilização, as mulheres são apresentadas aos objetivos do projeto e convidadas a participar, dialogando sobre afroempreendedorismo, identidade cultural e valorização da ancestralidade.

“Nas comunidades que visitamos nesse fim de semana já existem mulheres que trabalham como trancistas. No entanto, muitas delas não são remuneradas ou sequer cobram pelo serviço. O curso vem justamente para profissionalizar esse trabalho que já é feito, agregando técnica e valorização, além de trazer a possibilidade concreta de autonomia financeira. A profissão de trancista é reconhecida oficialmente e já é uma realidade no mercado de trabalho. Nossa missão é garantir que essas mulheres tenham acesso à capacitação e à valorização do que já fazem, para que possam se tornar independentes e protagonistas das suas próprias histórias”, explica Érica Aguiar.