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Muito pouco a se aproveitar das duas horas de um debate atrapalhado na televisão nesta quinta-feira | Maranhão Hoje – MARANHÃO Hoje- Notícias, Esportes, Jogos ao vivo e mais

Candidatos têm pouco a lucrar com o primeiro debate na TV

AQUILES EMIR 

Como já era de se imaginar, um debate com mais de cinco participantes é improdutivo, por isto quem faltou ao encontro dos candidatos a governador do Maranhão no início da tarde desta quinta-feira (18), na TV Difusora (SBT), tem pouco a perda e talvez um ganho ainda que pequeno, principalmente o governador Carlos Brandão (PSB), que iria ser o saco de pancadas. Também fez melhor uso do seu tempo quem optou por almoçar tranquilamente, por não saber ou simplesmente por ignorar esse tipo de programa.

Não bastasse o improviso da emissora, que sequer manteve os equipamentos em perfeito funcionamento e o atropelamento das regras, o que desconcentrava os debatedores, o excesso de participantes prejudicou a dinâmica do programa, e vale registrar que três estavam ali só para ofender, debater temas fora de contexto e não tinham nada a dizer à população, ou seja, sequer sabem por que estão disputando a eleição.

Até mesmo o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior (PSD) surpreendeu pela soberba e pela deselegância com os adversários. Começou saudando a Deus e agiu como o capeta. Somente ele está pronto para governar o Maranhão porque governou um município com mais de 1 milhão de habitantes, somente ele é honesto e honrado.

Edivaldo finge esquecer, porém, que quando se elegeu prefeito da capital em 2012 nunca tinha administrado nada e ganhou de quem estava há quatro anos no cargo e tinha sido governador por três anos, senador da República, deputado federal e presidente de estatal: João Castelo. Além disso, alguém fingir que era pobre e agora aparece como rico é tão feio quanto ser rico e fingir que ficou pobre na política.

Já o ex-secretário estadual de Indústria e Comércio Simplício Araújo (Solidariedade) precisa entender que a poucos ele convence quando tenta se manter distante do governo que serviu por sete anos e ao querer se colocar como alguém sem os costumes políticos em prática no Brasil e em especial no Maranhão.

Weverton Rocha (PDT) também parece forçar a barra quando tenta se  manter distante de tudo que ocorreu na República do Maranhão, proclamada em 1º de janeiro de 2015. Ele e Edivaldo disputavam o título de (ex)maior dinista entre os participantes do debate.

Ter sido preterido candidato oficial do Palácio dos Leões pode até ter assanhado a ira de Weverton, mas nunca o fará isento dos problemas que o Maranhão tem e não conseguirá se livrar facilmente,  porque quase nada foi feito para superar a “herança maldita” do sarneismo.

Não sei qual título de filme lhe cabe melhor, se “O passado me condena” ou “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado”.

E quanto a Lahésio Bonfim? Este bem que poderia ter pego carona com Brandão e não ter tomado o caminho do bairro da Camboa, onde fica a emissora onde o debate se realizou, pois frustrou a expectativa dos que tanto anseiam por conhecer suas ideias a fundo.

Mal ensaiado, tentou manter o discurso do “eu sei como fazer”, sem ter tempo de explicar como, se é que sabe. Seria melhor continuar sendo o homem de quem se ouve falar do que correr o risco de passar a ser o homem que tem pouco a dizer.

Hertz Dias (PST), Enilton Rodrigues (PSOL) e Frankle Costa (PCB) são os três citados, sem mencioná-los, na abertura deste artigo.

Boa sorte, Maranhão!