UFMA concede título de Doutor Honoris Causa a médicos que contribuem para a ciência brasileira – Maranhão Hoje – MARANHÃO Hoje- Notícias, Esportes, Jogos ao vivo e mais
A solenidade será no Palácio Cristo Rei
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) homenageará, nesta sexta-feira (09), os professores, pesquisadores e médicos Miguel Carlos Riella, Rubens Belfort Mattos Junior e Wanderley de Souza com o Título de Doutor Honoris Causa. A honraria é outorgada pelo Conselho Universitário a personalidades que não pertencem ao corpo docente da instituição, mas que oferecem ou ofereceram significativas contribuições às áreas de conhecimento ministradas na Universidade.
A solenidade ocorrerá no auditório do Palácio Cristo Rei, sede diplomática da reitoria, com transmissão no Canal Institucional da UFMA, no YouTube, a partir das 9 horas.
Miguel Carlos Riella, natural de Blumenau (SC), graduou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, em 1963. Após a graduação, em 1968, fez pós-graduação nos Estados Unidos, onde se especializou em Clínica Médica (Mount Sinai Hospital, School of Medicine, New York 1970-1973) e, posteriormente, em Nefrologia, na Universidade de Washington, em Seattle (1973-1975), sob a orientação do Dr. Belding H. Scribner, pioneiro na área de Hemodiálise Crônica.
Em 1981, Riella concluiu o doutorado em Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo e, no ano de 1982, iniciou o Programa de Residência Médica em Nefrologia no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEC), tendo, desde então, formado mais de 100 especialistas em Nefrologia. Ele criou, em 1984, a Fundação Pró-Renal, entidade de caráter social com o intuito de dedicar-se à Pesquisa em Enfermidades Renais e Metabólicas. Já publicou mais de 200 artigos e resumos de trabalhos no Brasil e mais de 300 artigos e resumos publicados no exterior, sendo 245 listados no PubMed.
Em agosto de 2007, o professor Miguel Riella foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina e, em setembro de 2008, Membro da Academia Paranaense de Medicina.
Rubens Mattos é professor titular de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP)
Rubens Mattos – O homenageado Rubens Belfort Mattos Junior, natural de São Paulo (SP), tornou-se médico em 1970, pela Escola Paulista de Medicina, em 1978, obteve o título de mestre em Microbiologia Imunologia e Parasitologia pela Escola Paulista de Medicina; em 1981, recebeu o título de doutor em Medicina (Oftalmologia), pela Universidade Federal de Minas Gerais, e, no ano de 1985, outro doutorado, agora em Ciências (Microbiologia e Imunologia) pela Escola Paulista de Medicina.
É professor titular de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), e possui MBA pela Fundação Educacional de Andradina (FEA – USP). Foi pesquisador-visitante da The National Eye Institute, em 2000, e, no período de 2019 a 2021, foi presidente da Academia Nacional de Medicina, é presidente do Instituto da Visão – Vila Clementino (IPEPO), Membro do Grupo Internacional de Estudos sobre Uveites, Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, Membro Titular da Academia Brasileira de Ciência, Membro Titular da Academia Ophthalmologica Internationalis e Membro Titular da Academia Nacional de Ciência Farmacêutica do Brasil.
Rubens Belfort já recebeu diversas homenagens como a Medalha Vision to Teach, Medalha ao Mérito Oswaldo Cruz – Presidência da República, a de Comendador na Ordem Nacional do Mérito Científico, do Ministério da Ciência e Tecnologia, Presidência da República, de Comendador Classe Grã-Cruz Ordem Nacional, do Mérito Científico, do Ministério da Ciência e Tecnologia, Presidência da República, Brazilian Medal of Scientific Merit, Società Oftalmologia Italiana Honorary Award, entre tantas outras. O homenageado já é Doutor honoris causa da Universidad Nacional Mayor de San Marcos – Peru, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Universidade Nacional do Paraguay, Universidade Federal do Paraná – UFPR, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, e professor emérito da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP. É pesquisador CNPq, desde 1990.
Wanderley de Souza teve sua carreira administrativa sempre ligada à Educação
Wanderley de Souza – Natural de Iguaí, Sudoeste da Bahia, Wanderley de Souza, também será homenageado pela UFMA, com o título de Doutor honoris causa. Em sua cidade natal, ele realizou seus estudos básicos iniciais completando o que hoje é conhecido por ensino fundamental e à época, o curso ginasial. Como na sua cidade ainda não havia o ensino médio, foi para Jequié, onde fez o primeiro ano do curso científico (ensino médio) no Colégio Estadual Régis Pacheco.
Em fevereiro de 1969, ingressou na Faculdade Nacional de Medicina, localizada na Praia Vermelha – Rio de Janeiro. Em 1974, concluiu a graduação, e logo ingressou no mestrado, finalizando em 1976. Dois anos depois, já estava concluindo seu doutorado em Biofísica, dedicando-se ao estudo da superfície do Trypanosoma cruzi, usando técnicas citoquímicas e criofratura que tinham sido desenvolvidas na época e foram introduzidas no Brasil pelos seus estudos no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho.
Iniciou na carreira docente como professor auxiliar de Ensino de Biofísica, em 1976. Em seguida, por concurso público, assumiu a posição de professor Adjunto, em 1981, e, posteriormente, também por concurso público, a de professor Titular de Parasitologia e Biologia Celular, em 1993. No período de 1993 a 1996, assumiu a posição de Professor Titular da Universidade Estadual do Norte Fluminense onde ministrou aulas de Biologia Celular e de Protozoologia.
Wanderley de Souza teve sua carreira administrativa sempre ligada à área de educação, ciência e tecnologia. Teve início em 1978 ao assumir a chefia do Laboratório de Ultraestrutura Celular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF), função não remunerada e que ocupa até hoje. Foi Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro, no período de 1999 a 2002, retornando ao cargo no período de 2004 a 2006. Também ocupou o cargo de Secretário Executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia, 2003.
De 2015 a 2016, foi presidente da Financiadora de Estudos e Projetos-Finep, onde ocupou, também, o cargo de diretor científico, de 2016 a 2019. Foi o primeiro reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, participou da criação do Centro Universitário de Educação a Distância do Rio de Janeiro (CEDERJ), embrião do que é hoje a Universidade Aberta do Brasil, e participou, também, da criação do Centro Universitário e Tecnológico da Zona Oeste do Rio de Janeiro (UEZO), além de outras atividades prestadas em prol do desenvolvimento científico do país.
O homenageado é Membro da Academia Brasileira de Ciências; Membro da Academia Nacional de Medicina; Membro da Academia Mundial de Ciências-TWAS; Membro da Academia de Medicina de Buenos Aires-Argentina; Membro da Academia de Medicina do Estado do Amazonas, e Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e da Universidade do Estado do Amazonas.
Ele já recebeu inúmeros prêmios, entre eles, destaca-se o Prêmio Manoel Morales da Organização dos Estados Americanos (OEA), a Medalha de Honra ao Mérito da Polícia Militar do Rio de Janeiro, a Gran Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, Presidência da República do Brasil, em 2000, Medalha Almirante Tamandaré da Marinha do Brasil e a Medalha Pacificador do Exército brasileiro.
Também é cidadão honorário do Estado do Rio de Janeiro e das cidades de São Fidélis e Paracambi, ambas no Rio de Janeiro. Já publicou cerca de 140 artigos, tratando de aspectos diversos da Ciência em jornais como Monitor Mercantil, Jornal do Comércio, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo e O Globo.