Brasil condena bombardeios em Israel e convoca reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU – MARANHÃO Hoje
Governo brasileiro defende solução de dois estados para a região
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse que, até o momento, não há “notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina” e voltou a defender a solução de dois Estados para a região.
Na presidência do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil informou através de uma nota do Itamaraty que vai convocar uma reunião de emergência devido aos bombardeios entre o Hamas e as Forças de Defesa de Israel.
A chancelaria condenou os ataques e disse que “não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis. O governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”.
Ao mesmo tempo, o Itamaraty lamentou que “se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina no 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo”.
“Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão. O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. […] A gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”, diz o comunicado.
Neste sábado (07), Israel declarou estado de guerra devido ao forte bombardeio feito pelo Hamas. O premiê, Benjamin Netanyahu, anunciou que as Forças de Defesa de Israel iniciaram a operação antiterrorista Espadas de Ferro. Dezenas de caças israelenses atacaram alvos do Hamas na Faixa de Gaza.
O representante do movimento Hamas, Khaled Qadomi, declarou que a operação militar do grupo foi uma resposta a todas as atrocidades que os palestinos têm enfrentado ao longo de décadas.
“Queremos que a comunidade internacional ponha fim às atrocidades em Gaza, contra o povo palestino, nossos locais sagrados como [a mesquita de] Al-Aqsa. Todas essas coisas são a razão por trás do início desta batalha”, disse ele à Al Jazeera.