Cesta de alimentos medida pela Associação de Supermercados aumenta 0,99% em novembro – MARANHÃO Hoje
Consumo nos Lares Brasileiros cresce 1,83%
O Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 1,83% em novembro de 2023, na comparação com outubro, e na comparação com novembro do ano passado, a alta é de 1,52%. Com o resultado do mês, o indicador acumula alta de 2,69% na comparação com o mesmo período do ano passado (janeiro a novembro).
O levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados e os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O crescimento do emprego formal contribuiu para manter o consumo positivo e, desde julho, em patamar acima das projeções do setor (2,50%), mostrando que, neste ano, a recuperação da renda, a continuidade dos benefícios sociais e outros recursos injetados na economia, bem como uma menor inflação dos alimentos foram essenciais para o consumidor compor uma cesta de abastecimento de maior valor agregado”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
O fator empregabilidade também se destaca nos supermercados neste período, com a contratação de mão de obra para atender tanto as novas lojas quanto aquelas que passaram por alteração no modelo de negócio. De janeiro a novembro, foram inauguradas 623 lojas, das quais 350 são novas e 273 reinauguradas. Os principais formatos de loja são os supermercados (213) e os atacarejos (137).
No que se refere aos recursos injetados na economia, foram destaques no mês o pagamento da primeira parcela do 13º salário, com valor total estimado de R$ 291 bi, assim como repasses do Bolsa Família (R$ 14,26 bi), o lote residual de Restituição de Imposto de Renda (R$ 762,9 milhões) e o pagamento de Requisições de Pequeno Valor – INSS (R$ 2,1 bilhões).
AbrasMercado – O AbrasMercado – indicador que mede a variação de preços nos supermercados – encerrou novembro em alta de 0,99% na cesta composta por 35 produtos de largo consumo, entre eles alimentos, bebidas, produtos de limpeza, e itens de higiene e beleza. As principais altas foram puxadas por hortifrutigranjeiros, dentre eles cebola (+26,59%), batata (+8,83%). Do lado das quedas está o tomate (-6,69%).
Na cesta de proteínas, as principais altas foram registradas nos cortes bovinos – traseiro (+2,88%) e dianteiro (+1,38%), frango congelado (+0,81%), pernil (+0,72%). A única queda foi registrada em ovos (-0,92%).
Dentre os itens básicos, as principais altas vieram do arroz (+3,63%), do açúcar (+1,74%), do óleo de soja (+0,32%). Dentre as quedas na cesta estão farinha de trigo (-2,48%), farinha de mandioca (-1,73%), feijão (-1,44%), leite longa vida (-0,58%), extrato de tomate (-0,33%), café torrado e moído (-0,37%).
Apesar da alta registrada no mês, as quedas nos preços são expressivas, tanto de janeiro a novembro (-5,50%), quanto nos últimos 12 meses (-4,54%), influenciadas principalmente pelos preços do óleo de soja (-30,72%), da cebola (-28,96%), do feijão (-24,23%), da batata (-12,51%), dos cortes bovinos do dianteiro (-11,40%) e do traseiro (-9,52%), do frango congelado (-8,82%), do tomate (-7,38%), do leite longa vida (-6,64%), da margarina cremosa (-5,25%), do pernil (-4,23%).
Na cesta de higiene e beleza todos os itens registraram queda: sabonete (-1,25%), papel higiênico (-0,46%), creme dental (-0,31%), xampu (-0,24%).
Em limpeza houve recuo em detergente líquido para louças (-1,40%), água sanitária (-0,60%), sabão em pó (-0,47%).
Em novembro os preços da cesta, na média nacional, passaram de R$ 705,93 em outubro para R$ 712,94 em novembro – uma alta de 0,99%. Na análise regional, as variações no indicador foram: região Sul (+1,23%), Sudeste (+1,23%), Centro-Oeste (+0,91%), Norte (+0,15%), Nordeste (+0,03%).