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Homem “atentado pelo diabo para cometer feminicídio” em São José de Ribamar condenado a 15 anos de cadeia – MARANHÃO Hoje

O réu José Garcia Ferreira de Sousa, acusado de praticar crime de feminicídio, em 2022, depois de ter sido “atentado pelo diabo”, foi condenado a 15 de prisão, conforme decisão do júri popular de São José de Ribamar, em sessão do dia 04 de dezembro presidida pelo juiz Francisco Ferreira de Lima. O crime teve como vítima Gláucia Maria Silva Ferreira, sua ex-companheira, que depois de morta teve o corpo jogado em um córrego..

A denúncia relatou que, na manhã da data citada do crime, o corpo de Glaucia Ferreira foi encontrado pela polícia em uma galeria de esgoto, no bairro Sítio do Apicum, próximo ao Instituto Estadual de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) – Unidade Plena de São José de Ribamar.

Policiais militares que estavam de serviço, realizando rondas pela Avenida do Bairro J. Câmara, se depararam com o corpo da vítima, de bruços e com algumas pessoas ao redor, tendo uma delas apontado José Garcia Ferreira de Souza, que também estava no local, como o companheiro da vítima.

Garcia tinha ido algumas vezes ao local, inclusive, afastando o corpo para dentro da galeria. Os militares, então, observaram que uma das mãos do denunciado estava inchada e perguntaram a razão daquele inchaço, tendo ele declarado que seria resultado de uma ‘esporada de peixe’, ocorrida durante uma pescaria que ele havia feito recentemente.

Questionado sobre o crime, ele negou a autoria, afirmando, apenas, que a vítima havia saído para beber na noite anterior. Já na Delegacia, ao ser interrogado pela polícia, José Garcia Ferreira de Souza confessou o crime.

Ação do Diabo – O denunciado explicou que, no dia do fato, por volta de 21h30, saiu de casa com intuito de encontrar Gláucia, localizando-a em um bar e levando-a para casa, em seguida. A vítima aproveitou o momento em que ele foi até uma padaria e saiu de casa mais uma vez, e ele foi buscá-la novamente, no entanto, no caminho, quando estava em frente a galeria de esgoto onde o corpo foi encontrado, “aquele que não quer ver eu nem você” o atentou, e ele decidiu dar um golpe de “mata leão” em Gláucia Maria Silva Ferreira, além de um soco, instante em que ela caiu no solo desacordada.

Ato contínuo, o denunciado declarou que, após a vítima desmaiar, ele empurrou o seu corpo rumo ao córrego, com água empoçada, vindo ela a óbito minutos depois

Destacou que, apesar de ter dito aos policiais que o inchaço em sua mão tinha sido causado por um esporão de peixe, na realidade, ele foi decorrente do soco que desferiu contra a vítima.

Por fim, revelou que a motivação do delito foi a sua desconfiança de que a vítima o estivesse traindo, somado ao constante descontentamento da mulher porque José Garcia e, por fim, ele ficava irritado com as mentiras que ela “supostamente” inventava para os seus familiares a seu respeito.

Além do juiz Francisco Ferreira de Lima, que presidiu o júri, atuaram na sessão o promotor de Justiça Felipe Borghossian. Na acusação, e Samuel Pio Vilanova Rodrigues e Thaís Silva de Novais, que atuaram na defesa do réu. A sessão de julgamento ocorreu no Salão do Tribunal do Júri do Fórum de São José de Ribamar.

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