São Luís é a sexta cidade em investimentos de saúde no Nordeste – MARANHÃO Hoje
Dados são da Frente Nacional de Prefeitos
Entre as dez cidades que mais investiram em saúde na Região Nordeste em 2022, nove são capitais. Os dados são do anuário MultiCidades – Finanças dos Municípios do Brasil, da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP). O maior gasto com saúde do Nordeste foi registrado em Fortaleza (CE), com R$ 2,64 bilhões dedicados à pauta, seguida por Salvador (BA), com R$ 2,06 bilhões; Recife (PE), com RS 1,51 bilhão; e Teresina (PI), com R$ 1,42 bilhão.
Na quinta posição, Natal (RN), com R$ 1,13 bilhão gastos com saúde; seguida por São Luís (MA), com R$ 1,08 bilhão; João Pessoa (PB), com R$ 958,8 milhões; Maceió (AL), com R$ 873 milhões; e Aracaju (SE), com R$ 560 milhões.
Em último lugar no ranking das maiores despesas com saúde está o município de Campina Grande (PB), que investiu R$ 482,1 milhões na pauta em 2022.
Realizado pela FNP, o anuário MultiCidades apresenta conteúdo técnico em linguagem amigável e é uma ferramenta de transparência das contas públicas, com dados do desempenho das cidades. A 19ª edição da publicação conta com a consultoria da Aequus e o apoio de Dahua Technology, Febraban, BRB, BYD e Itaú.
RANKING – AS DEZ MAIORES DESPESAS COM SAÚDE DA REGIÃO NORDESTE EM 2022
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Brasil: Municípios recebem menos e investem mais em saúde
O ano de 2022 foi marcado pelo aumento no gasto com saúde no conjunto dos municípios brasileiros. Os R$ 244,98 bilhões empregados no setor, em valores corrigidos pelo IPCA, representaram crescimento de 5,2% nas despesas com saúde em relação a 2021. Após o forte aumento das despesas em 2020, em decorrência do enfrentamento da Covid-19 e de um ligeiro avanço dos valores despendidos em 2021, municípios acrescentaram R$ 12,01 bilhões na função saúde em 2022.
De acordo com a economista e editora do anuário MultiCidades, Tânia Villela, o aumento da despesa municipal com saúde em 2022 decorreu, exclusivamente, de uma maior injeção de recursos próprios, que subiram de R$ 127,39 bilhões para R$ 137,42 bilhões, uma alta de 7,9%, conforme dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos de Saúde (Siops).
Já os recursos transferidos pelos estados e União para o SUS municipal sofreram retração. Em valores absolutos, os municípios deixaram de receber cerca de R$ 7,86 bilhões das diversas receitas que compõem as transferências para o SUS, que passaram de R$ 105,17 bilhões para R$ 97,32 bilhões. Do total repassado, cerca de 83% são recursos da União.
Tânia reforça que chama a atenção a ampliação da participação dos entes subnacionais no financiamento do SUS no ano de 2022. “Considerando-se a despesa com ações e serviços públicos em saúde (ASPS) realizada apenas com os recursos próprios de cada ente, em 2022, enquanto os municípios arcaram com 34%, os estados responderam por 28,3% e a União, 37,6% — redução inédita. Ao longo de toda a série histórica verificada, a União nunca havia participado com menos de 42% do montante total gasto com ASPS”.
Dados do Balanço Anual da União apontam para uma redução da despesa federal empenhada com a função saúde da ordem de 22% em 2022, comparado a 2021. Foram R$ 44,20 bilhões a menos, quando o total desceu de R$ 197,43 bilhões para R$ 153,23 bilhões, no período, e ficou bem próximo do nível do gasto antes da pandemia, de R$ 151,60 bilhões, em 2019.
RANKING – AS 10 MAIORES DESPESAS COM SAÚDE DO PAÍS EM 2022
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