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StandWithUs Brasil publica nota de repúdio a falas de Gleisi Hoffmann contra Conib – MARANHÃO Hoje

A StandWithUs Brasil, organização que promove a educação sobre Israel e o Oriente Médio como o caminho para a paz, publicou nesta quarta-feira (03) uma nota assinada por seu presidente-executivo, André Lajst, a respeito da acusação feita por Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), contra a Confederação Israelita do Brasil (Conib).

Em novembro, após ter sido acionado pela Conib, o Tribunal de Justiça do estado de São Paulo determinou a exclusão de postagens do jornalista Breno Altman que continham teor antissemita, comparando judeus israelenses a “ratos” e justificando o massacre de 7 de outubro, no qual milhares de israelenses foram vítimas de atrocidades cometidas pelo grupo terrorista Hamas. Porém, Hoffmann saiu em defesa do jornalista, publicando um post na rede social X acusando a CONIB de “perseguição” e de agir em nome do governo israelense no Brasil.

Após essa acusação, a Conib se pronunciou oficialmente por meio de uma nota, reafirmando que os comentários de Altman promovem “o antissemitismo e a desinformação, relativizando os assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas e chamando judeus de ‘ratos’, o que foi reconhecido pelo Ministério Público e pela Justiça, que determinou a imposição de multa e a retirada de posts”.

Além disso, a entidade criticou a postura da deputada em fazer “uma afirmação preconceituosa em relação à Conib, ou seja, de dupla lealdade, jargão clássico do antissemitismo, que merece total reprovação”.

Após a publicação da nota, Hoffmann voltou ao X, dizendo: “Nota da Conib, acusando-me de preconceito e antissemitismo, é a prova de que esta entidade não tolera as críticas ao governo de ultradireita de Israel, venham de onde vierem […]”.

“O problema é extremamente sério, e as lideranças políticas, ainda mais a presidente do principal partido de governo no país, precisam entender que é impossível justificar cada fala antissemita dizendo que é apenas ‘uma crítica a Israel’”, afirma André Lajst na nota publicada pela StandWithUs Brasil. “Mais uma vez, chamamos as lideranças do Partido dos Trabalhadores à reflexão. Reiteramos nossa disposição ao diálogo e esperamos uma mudança de atitude e um pedido público de desculpas aos judeus e judias brasileiros”.

Confira a seguir a nota na íntegra, e também no Instagram da StandWithUs Brasil: https://www.instagram.com/p/C1pZCGsLNAJ/?utm_source=ig_web_copy_link

Hoffmann, contra a Conib – A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, acusou a Confederação Israelita do Brasil – Conib de “agir em nome do governo de Israel no Brasil”, afirmação inverídica, que remete a um tópico ineludível em qualquer definição de antissemitismo.

O motivo do ataque de Hoffmann contra a entidade, que representa a comunidade judaica brasileira, foi a denúncia realizada por esta contra o jornalista Breno Altman, militante do PT, o qual comparou os judeus israelenses com “ratos” — mais um tópico antissemita — e justificou o massacre de 7/10, a maior matança de judeus por serem judeus desde o Holocausto.

A disseminação de inverdades e propagação de estereótipos antissemitas muito nos assusta e preocupa pela repercussão que pode ter na vida quotidiana de milhares de judeus brasileiros, os quais só querem viver em paz.

O problema é extremamente sério, e as lideranças políticas, ainda mais a presidente do principal partido de governo no país, precisam entender que é impossível justificar cada fala antissemita dizendo que é apenas “uma crítica a Israel”.

Não há nenhum problema em criticar Israel e seu governo — o atual ou qualquer outro — desde que isso seja feito dentro dos mesmos limites respeitados quando se fala de qualquer outro país do mundo. Mas as falas de Hoffmann e Altman têm ultrapassado mais de uma vez esses limites.

Dizer que Israel “perdeu o direito de existir”, como Altman fez, não é uma crítica, mas um convite ao genocídio. Comparar judeus israelenses a “ratos” é uma ofensa racista inadmissível. Acusar a principal entidade judaica brasileira de agir em nome de uma potência estrangeira é uma das mais estudadas formas de antissemitismo da história da humanidade: a acusação de “dupla lealdade”.

Esses três exemplos, entre muitos outros que poderíamos lembrar, são óbvias e evidentes manifestações de antissemitismo que até uma pessoa com pouco conhecimento no assunto deveria perceber.

Por tudo isso, mais uma vez, chamamos as lideranças do Partido dos Trabalhadores à reflexão. Reiteramos nossa disposição ao diálogo e esperamos uma mudança de atitude e um pedido público de desculpas aos judeus e judias brasileiros.

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