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Centro Cultural Vale Maranhão exibe mostra itinerante e exposição A Cinemateca é Brasileira – MARANHÃO Hoje

Oito títulos serão exibidos em sessões gratuitas

Desde o ano passado, a Cinemateca Brasileira vem percorrendo o país com a mostra itinerante A Cinemateca é Brasileira, com o objetivo de estreitar os laços com instituições afins e apresentar parte da rica produção audiovisual brasileira, levando uma seleção de títulos importantes para a história do cinema brasileiro e uma exposição. Em São Luís, oito títulos da mostra serão exibidos em sessões gratuitas no Centro Cultural Vale Maranhão, de 27 de fevereiro a 08 de março. 

Faz parte do evento em São Luís, uma exposição que conta a história da Cinemateca Brasileira e uma programação de filmes agendada para alunos do ensino médio de escolas públicas.

A primeira temporada da mostra itinerante A Cinemateca é Brasileira já passou por Curitiba, Belo Horizonte, Vitória, Vila Velha, Rio de Janeiro, Porto Alegre, João Pessoa, Recife, Fortaleza, Brasília, Brumadinho e Canaã dos Carajás, e ainda vai visitar espaços culturais e salas de Salvador (BA) e Belém (PA).

“O Instituto Cultural Vale está ao lado da Cinemateca por entender a importância da casa da produção audiovisual brasileira, uma das maiores instituições do gênero no mundo, que preserva, também, um retrato da nossa própria identidade. Por isso, atuamos, juntos, em iniciativas pela sustentabilidade e modernização do espaço e pela salvaguarda de seu acervo, em especial, a coleção de filmes em nitrato de celulose, de valor inestimável”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, que é patrocinador estratégico da Cinemateca Brasileira.

O evento faz parte do Projeto Viva Cinemateca, lançado em junho, que reúne os grandes projetos da Cinemateca voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica.

“Com o compromisso constante de transformar vidas, entendemos ser fundamental o fomento à cultura como ponte para o desenvolvimento e a cidadania. O papel que a Cinemateca tem para a construção, fortalecimento e memória do audiovisual brasileiro é inestimável e poder contribuir para um projeto como esse é o nosso legado de parceria junto à sociedade brasileira”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil, patrocinadora master do projeto Viva Cinemateca.

Curadoria de filmes – Para a Mostra, a curadoria da Cinemateca Brasileira preparou uma seleção de oito filmes que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de 120 anos de história.

Dos primeiros tempos do cinema brasileiro, está São Paulo: a sinfonia da metrópole (Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny 1929), que sintetiza sua vocação para o documentário. O desejo de estabelecer uma indústria cinematográfica no Brasil, que culmina na fundação dos estúdios Atlântida e Vera Cruz, pode ser visto em Jeca Tatu (Milton Amaral, 1959), título no qual Amácio Mazzaropi desenvolveu a figura do caipira, seu personagem mais conhecido.

A partir de uma narrativa clássica aprimorada desde as produções da Vera Cruz, O pagador de promessas(Anselmo Duarte, 1962), evoca o sincretismo religioso e a cultura popular. Produzido por Oswaldo Massaini, o filme conquistou a única Palma de Ouro no Festival de Cannes para o Brasil. Por sua vez, com suas produções independentes, José Mojica Marins cria seu icônico personagem Zé do Caixão em À meia-noite levarei sua alma(1964). Com O Bandido da Luz Vermelha(1968), Rogério Sganzerla desafia a estética e a linguagem do movimento cinema novo e, na década seguinte, o diretor Bruno Barreto adapta um grande autor – Jorge Amado – e faz números de bilheteria impressionantes com Dona Flor e seus dois maridos (1979).

Uma das obras mais importantes da chamada retomada do cinema brasileiro, nos anos 1990, é Central do Brasil (Walter Salles, 1998), que venceu o Urso de Ouro e o prêmio de melhor atriz para Fernanda Montenegro no Festival de Berlim de 1998. Vencedor de dezenas de prêmios nacionais e internacionais e indicado ao Oscar em quatro categorias, Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Katia Lund, 2002) é até hoje o filme brasileiro com maior número de indicações ao prêmio da Academia.

Exposição a Cinemateca é Brasileira – Com curadoria da Cinemateca Brasileira e da Sociedade Amigos da Cinemateca, a exposição reconta os mais de 70 anos de história da instituição.

A exposição acompanhará a mostra de filmes em 15 cidades do país, apresentando uma linha do tempo construída por meio de cerca de 200 imagens – documentos, fotografias, cartazes e frames de filmes, além de recursos de realidade aumentada. O projeto expográfico é assinado por Renato Theobaldo.

É um convite à imersão nas camadas da trajetória da Cinemateca Brasileira, que se misturam aos feitos e às agruras do cinema brasileiro e, ao mesmo tempo, evocam os avanços e retrocessos do país.

Projeto Viva a Cinemateca – O Viva Cinemateca foi lançado em junho como continuidade ao processo de retomada iniciado no ano passado. O projeto pretende ampliar e modernizar a Cinemateca Brasileira, fazendo com que ela ocupe definitivamente o seu relevante lugar na história do cinema brasileiro.

Está prevista a ampliação dos espaços de laboratórios da instituição, garantindo que mais filmes e documentos possam ser preservados. Assegura-se, dessa maneira a sobrevivência de mais de 120 anos de história do cinema e do Brasil. Outra importante frente do projeto contempla o restauro das edificações históricas, melhorando as instalações disponíveis para o público.

Desde 1997, a Cinemateca Brasileira está instalada em seu prédio atual: uma valiosa edificação em tijolos aparentes, remanescente da arquitetura industrial de São Paulo do século 19.

Além da mostra A Cinemateca é Brasileira, as ações de difusão também incluíram o Festival Cultura e Sustentabilidade, nos dias 10 e 11 de julho, e a Mostra Povos Originais da América Latina, de 11 a 16 de julho.

Patrocinadores –  Projeto Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e Itaú, como copatrocinador.

Aprovado na Lei Rouanet, o projeto permite a empresas e pessoas físicas destinarem parte do imposto de renda para a iniciativa (Art. 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura).

Sobre o Instituto Cultural Vale – O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale.

Sobre a Shell Brasil – Há 110 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.

Cinemateca Brasileira – A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social. O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.

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