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Custo da energia e carga tributária estão entre os principais problemas da indústria maranhense – MARANHÃO Hoje

Conclusão é da Sondagem Trimestral da Indústria da Fiema

A Sondagem Trimestral Industrial (4º trimestre de 2023) realizada pela Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema) identificou os principais problemas enfrentadas pelo setor industrial maranhense. Dentre eles estão falta ou alto custo da energia elétrica (22,2%), elevada carga tributária (27,8%) e falta ou alto custo do trabalhador qualificado (19,4%), que afetam acesso ao crédito, lucro operacional e outros fatores.

Para o economista José Henrique Polary, coordenador de Ações Estratégicas da Fiema, esse resultado indica a necessidade de avanço em propostas como redução dos tributos, como IRPJ e CSLL, sobre o lucro das pessoas jurídicas e redução da carga tributária sobre a folha de pagamento, medidas que dependem do Congresso Nacional.

Já em relação aos custos da energia, a solução seria a adoção de um Mercado Livre de Energia. “Isso poderia possibilitar a redução dos custos praticados no mercado cativo ou com a negociação direta pelos consumidores de contratos de longo prazo com preços fixos, garantindo previsibilidade com os custos do insumo”, explicou o economista.

A Sondagem Trimestral da Indústria – 4º Trimestre de 2023 avaliou também o acesso ao crédito e o lucro operacional das empresas. A pesquisa indicou que em relação ao acesso ao crédito houve alta de 5,9 pontos na avaliação do empresário, levando o componente a fechar o ano com 41,7 pontos. Com isso, manteve-se na faixa de pessimismo, o que se vem registrando há alguns anos.

“Embora seja nítida a importância do maior acesso ao crédito, no intuito de fomentar a elevação da produção e promover a renovação do parque industrial, nota-se que os empresários ainda encontram muita dificuldade principalmente se levar em conta a alta taxa de juros praticada”, comentou o economista.

Em relação ao lucro operacional, a Sondagem Trimestral da Indústria indicou que a percepção do empresário registrou queda de 2,4 pontos no 4º trimestre de 2023, em comparação ao trimestre anterior. Este resultado levou o componente a situar-se abaixo do grau de satisfação da sondagem, com 48,1 pontos. Isto é explicado pela queda do volume de produção observada no final do último trimestre do ano.

Em queda – Considerando apenas dezembro de 2023, a Sondagem Industrial analisou a atividade produtiva, emprego, as expectativas do empresariado e a capacidade instalada. No período, apenas esta última foi positiva.

O volume de produção da indústria maranhense em dezembro do ano passado recuou 8,9 pontos em relação ao mês anterior, registrando 47,2 pontos, segundo a Sondagem Industrial. Dessa forma, o indicador sai da zona de otimismo onde esteve por quatro meses consecutivos, ratificando a instabilidade registrada ao longo de todo o ano.

Em relação ao número de empregados, a sondagem aponta a quarta queda consecutiva, registrando baixa de 4,6 pontos. Assim, o componente ingressa na zona de pessimismo do indicador e reflete a redução do volume de produção. O mesmo ocorreu em relação às expectativas dos empresários. Os indicadores, em queda continuada, apontam falta de confiança dos empresários relativamente aos próximos seis meses. O único acima da linha de 50 pontos diz respeito à demanda, mas com uma variação muita pequena (+2,7 pontos, no geral), que pode, perfeitamente, ser atendida com o uso da capacidade instalada.

Sobre a capacidade instalada, houve alta de 4 pontos, levando este componente a sua terceira alta consecutiva, alcançando 73 por cento. Apesar da redução do número de empregados e no volume de produção, a capacidade instalada se mantém em alta e com folga para atender eventual aumento de demanda, sem necessidade de investimentos imediatos.

Para acessar a Sondagem Industrial e outras publicações como guias, pesquisas, informativos, análises setoriais e muitos outros materiais, visite a aba publicações no site fiema.org.br.

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