Novo Nordisk se posiciona sobre uso de Ozempic para emagrecimento – MARANHÃO Hoje
Farmacêutica não endossa uso off-label de seus medicamentos
A propósito da reportagem “Ozempic ajuda mesmo no emagrecimento?”, publicada por Maranhao Hoje, a Novo Nordisk, empresa líder global em saúde, esclarece que Ozempic® foi aprovado pelas autoridades sanitárias para tratamento de adultos com diabetes tipo 2 insuficientemente controlado. A farmacêutica não endossa ou apoia a promoção de informações de caráter off-label de seus medicamentos, ou seja, em desacordo com a bula, e tampouco a automedicação.
Ozempic®, aprovado e comercializado no Brasil para o tratamento do diabetes tipo 2, não possui indicação aprovada pelas agências regulatórias nacionais e internacionais para o tratamento de obesidade. O medicamento foi aprovado pelas autoridades regulatórias do Brasil em agosto de 2018 e comercializado desde o primeiro semestre de 2019.
É importante destacar que efeito adverso nada mais é do que consequência direta do uso do medicamento, não sendo necessariamente algo grave ou ruim. Os distúrbios gastrointestinais, tal como náusea, foram os eventos adversos mais frequentemente relatados, sendo a maioria de intensidade leve e não levando a interrupção do tratamento. Esses eventos ocorreram em uma proporção semelhante em relação a outros análogos de GLP-1 já comercializados no Brasil. A interrupção prematura do tratamento devido a eventos adversos foi inferior a 10% em todos os grupos estudados.
O paciente deve buscar junto ao seu médico orientações para minimizar os efeitos colaterais. Em geral, comer porções menores nas refeições, parar quando se sentir satisfeito, evitar frituras e alimentos muito gordurosos, manter-se bem hidratado ao longo do dia e evitar álcool são atitudes que podem minimizar esses efeitos.
A maioria dos eventos tem gravidade leve a moderada e acontece de forma transitória (dias ou poucas semanas). A titulação (ajuste gradual da dosagem da medicação) de forma correta minimiza esse risco e pode ser adaptada à tolerabilidade do paciente. A necessidade de descontinuação da medicação por eventos adversos é baixa.