Agenda Teresina 2030 avança na elaboração do protocolo de calor para gestantes de Teresina
A Agenda Teresina 2030 reuniu, nesta terça-feira (27), representantes de diversos órgãos da gestão municipal para avançar na elaboração do protocolo de calor destinado às mulheres gestantes da capital. Essa política pública atende às queixas das gestantes entrevistadas na pesquisa “Avaliação do impacto do calor extremo na saúde de mulheres grávidas em Teresina”, realizada no ano passado pela Agenda Teresina 2030 em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
A pesquisa revelou que 37% das entrevistadas apresentaram algum tipo de infecção no trato uroginegológico; 75% acreditam que a condição foi agravada pelo calor; 63% respondeu que não havia recebido orientações do profissional de saúde; 91% das mulheres nunca conversaram com um profissional de saúde sobre o impacto do calor na gestação, 84% sentem que não têm acesso adequado a informações e recursos sobre como gerenciar o calor durante a gravidez. Destas, 59% se informam pelas redes sociais e internet e 30% nas Unidades Básicas de Saúde.
Na reunião de hoje estavam presentes representantes da Fundação Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Políticas Integradas, Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres e Secretaria Municipal de Educação.
“É de grande importância o trabalho desenvolvido de forma colaborativa com as diversas secretarias da Prefeitura porque estamos construindo um protocolo para atender diretamente aos anseios que as mais de 400 gestantes pesquisadas nas 75 Unidades Básicas de Saúde pela nossa equipe manifestaram. A pesquisa nos mostrou que o calor afeta a todos na nossa cidade. Porém, afeta mais intensa aqueles que possuem menos mecanismos para lidar com seus efeitos na saúde e bem-estar”, afirma Leonardo Madeira, coordenador da Agenda Teresina 2030.
A pesquisa foi realizada pela Agenda Teresina 2030 no âmbito do desafio “Climate Change XX: Women’s Health in Focus”, lançado pelo Fundo de Populações da Organização das Nações Unidas (UNFPA/ONU). A capital piauiense foi a única cidade das Américas a vencer esse desafio e, com o prêmio, financiou a realização dos levantamentos. O resultado foi divulgado em dezembro do ano passado.